
Durante a 24ª Sessão Ordinária da 1ª Sessão Legislativa da Câmara Municipal de Jaru, realizada nesta segunda-feira (25), o projeto Banco Vermelho , símbolo nacional de combate ao feminicídio , foi oficialmente apresentado aos vereadores e à comunidade. A instalação do banco na sede do Legislativo marcou um momento de reflexão não apenas sobre a violência contra a mulher, mas também sobre o papel das mulheres na política e a importância da união feminina.
O vereador Josemar da 34, ao comentar a iniciativa, destacou a ausência da vereadora Sol de Verão durante a solenidade de inauguração do Banco Vermelho, realizada na última quarta-feira, onde esteve presente o prefeito e demais autoridades. Segundo ele, o momento deveria ter contado com a participação de todas as parlamentares, sobretudo mulheres, para reforçar a mensagem de respeito, igualdade e combate à violência.
Josemar ressaltou ainda que Sol de Verão, embora faça oposição a algumas ações da gestão, já declarou publicamente que não é oposição ao prefeito. Ele fez um apelo pelo debate respeitoso e construtivo, afirmando que “as mulheres não são minoria, são a maioria e precisam se compreender e se respeitar entre si”. Ele também pontuou que não se trata de superioridade ou inferioridade entre gêneros, mas sim de igualdade e diálogo.
Reações e desabafos
Ao fazer uso da tribuna, a vereadora Sol de Verão agradeceu a fala do colega e demonstrou visível constrangimento. Ela afirmou que se sentiu excluída da solenidade do Banco Vermelho e desrespeitada por não ter sido chamada para compor a mesa de honra. Segundo a parlamentar, mesmo reeleita pelo povo e tendo apoio da população, ela ainda enfrenta julgamentos por parte de outras mulheres.
Sol citou um provérbio popular: “os homens são mais unidos que as mulheres”, reforçando sua tristeza por ter sido cobrada por não estar presente em um momento que, segundo ela, não teve sequer a oportunidade de participar. “Não foi um equívoco, foi intencional. A intenção foi me diminuir”, desabafou, dizendo que não se vitimizou, apenas relatou os fatos vivenciados.
Ela ainda afirmou que já tentou uma reaproximação com algumas colegas da casa e que pediu a Deus discernimento para lidar com a situação. “Me senti constrangida, frustrada. Não preciso ser puxada por ninguém, fui reeleita pela sociedade, e quem me trouxe de volta foi o povo”, declarou.
Resposta e esclarecimento
A vereadora Sthella de Almeida, citada durante o discurso, também fez uso da palavra e afirmou que jamais teria a intenção de desrespeitar uma colega parlamentar. Ela explicou que houve um erro de organização de sua assessoria durante a cerimônia, e que já conversou com a equipe para que isso não volte a acontecer.
Sthella reafirmou seu compromisso com o trabalho na Câmara e disse que, inclusive, mencionou Sol de Verão em sua fala durante o evento da ACIJ. “Longe de mim querer prejudicar ou diminuir uma colega vereadora. Foi um equívoco, e lamento profundamente pelo mal-estar”, afirmou.
União feminina em pauta
Apesar das divergências de percepção sobre o ocorrido, o episódio levantou um importante debate sobre a união entre as mulheres dentro da política. O vereador Josemar reforçou que as causas femininas precisam ser defendidas de forma coletiva. “As mulheres defendem, mas entre si se racham. É preciso mais empatia e solidariedade”, disse.
A vereadora Sthella de Almeida também compartilhou com nossa equipe fotos e registros dos eventos, nas quais é possível ver a presença da vereadora Sol de Verão, reforçando que ela teve oportunidade de participação nas ações promovidas. Segundo Sthella, o objetivo é esclarecer os fatos e evitar interpretações equivocadas sobre possíveis exclusões.

Fonte – Jaruonline

















