Conhecida como “Maria Fumaça”, a máquina Barão do Rio Branco voltou a apitar e a funcionar em evento que emocionou moradores de todas as idades – Fotos: José Carlos/ André Oliveira
Após 23 anos silenciosa, a lendária Locomotiva 18, batizada como “Barão do Rio Branco”, voltou a apitar e a soltar sua característica fumaça nos trilhos do Complexo da Madeira-Mamoré. A entrega da máquina restaurada foi o ponto alto das comemorações dos 111 anos de Porto Velho, na noite desta quinta-feira, e representou um resgate histórico para a cidade.
O evento foi mais do que uma simples entrega de patrimônio. Antes da apresentação da locomotiva, um culto ecumênico reuniu líderes religiosos e a comunidade no local para um momento de reflexão e agradecimento pelo aniversário da cidade. O momento mais aguardado foi o retorno da Maria Fumaça ao funcionamento. Quem só conhecia a locomotiva por meio de histórias dos mais velhos pôde testemunhar seu movimento. O reencontro também comoveu quem nunca a tinha visto em atividade.
“É uma emoção muito grande. É uma felicidade que não tem explicação”, disse o aposentado André, de 67 anos. Para a jovem Amanda, de 23 anos, que estava acompanhada da mãe, o momento foi a realização de um desejo. “Nunca tinha visto a Maria Fumaça funcionando. É uma sensação incrível, é a história da nossa cidade ganhando vida diante dos nossos olhos”, declarou.
Para o prefeito Léo Moraes, o momento simbolizou a materialização de um sentimento de pertencimento. “Qual foi a sensação? Foi a sensação de dever cumprido. Há 23 anos a gente não ouvia o apito dessa Maria Fumaça, que é a nossa história, a nossa identidade”, afirmou o prefeito.
O apito característico, que ecoou as memórias da época áurea da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, voltou a cortar o ar, marcando uma noite de forte emoção e resgate da identidade do povo porto-velhense.
Fonte: Portal SGC