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Por que a reforma administrativa precisa começar pelos próprios Poderes

Senador de Rondônia levanta debate que muitos evitam — cortar na base é fácil, difícil é mexer nos altos salários e estruturas inchadas

“Nós temos um desperdício do dinheiro público violento neste país.” A frase é do senador de Rondônia, Jaime Bagattoli (PL), durante a reunião da Frente Parlamentar pelo Livre Mercado (FPLM), realizada esta semana na sede da Casa da Liberdade, no Lago Sul, em Brasília.

Segundo o senador, o Brasil está gastando mais do que arrecada e precisa de uma reforma administrativa urgente e coerente. Bagattoli alertou sobre o desperdício de recursos públicos em todos os níveis e defendeu mudanças imediatas para que o país não pare.

De fato, o Brasil necessita de uma reformulação profunda no setor público — e não apenas sobre a iniciativa privada, o setor produtivo, industrial e comercial, mas, principalmente, sobre o funcionamento político dos três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. É necessária proporcionalidade, pois está cada vez mais difícil conviver com a situação econômico-financeira e política atual.

A reforma precisa ser abrangente e, sobretudo, aliviar a população do peso da máquina pública em todos os seus segmentos, não apenas no Executivo. Hoje, a carga tributária é muito elevada e está fora da realidade econômica, social e política do país.

Atualmente, o Brasil gasta 13,5% do Produto Interno Bruto (PIB) somente com salários do funcionalismo público — número muito acima da média global. Para o senador Bagattoli, “essa reforma administrativa tem que partir também dos Poderes: Câmaras de Vereadores, Assembleias Legislativas, Câmara Federal, Senado e Judiciário. Se isso não acontecer, eu vejo uma coisa que está acontecendo no Brasil agora… é um desvio de dinheiro público”, alertou.

O cinto vem apertando desde 1994. As empresas vêm se adequando à nova realidade, enxugando o que podem, cortando excessos. Bagattoli citou como exemplo a reestruturação das operações da Shell Brasil em Manaus: oportuna, necessária, prudente.

Segundo o senador, o Brasil é campeão em desperdício de dinheiro público — um desperdício violento, agressivo, que precisa de um freio urgente. A falta de contrapartida do poder público tornou-se insustentável.

O setor produtivo, responsável por grande parte da economia nacional, não pode continuar sendo penalizado. A incidência de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) e LCI (Letras de Crédito Imobiliário) é, no mínimo, um contrassenso.

Não é apenas o alto custo de manutenção dos Poderes que coloca o país em situação econômica crítica. O desperdício de recursos públicos com Fundo Partidário, Fundo Eleitoral e uma infinidade de bolsas que, segundo Bagattoli, incentivam a ociosidade em vez do trabalho, agrava ainda mais a situação da economia brasileira.

De 1991 a 2025, os impostos pagos pelos brasileiros aumentaram 53%, enquanto as despesas do governo federal cresceram 73%. Gastou-se 20% a mais do que se arrecada. A conta não fecha. A realidade dos governos municipais e estaduais não é muito diferente. Nos últimos dois anos, o governo federal tomou 25 medidas com o objetivo de aumentar a arrecadação — nenhuma delas voltada para corte de despesas. A aposta continua sendo a elevação do IOF.

“Os governos, de uma maneira geral, sempre querem resolver todos os problemas aumentando despesas, nunca cortando gastos”, disse o senador Oriovisto Guimarães (PSDB/PR), também preocupado com a situação econômica do país.

Sem ações concretas para conter os gastos públicos, a criação de mais impostos, taxas e tributos segue como alternativa principal dos governantes — medidas que, dia após dia, enfraquecem a economia e empurram o Brasil rumo ao caos econômico e social.

O alerta dos senadores Bagattoli e Oriovisto é pertinente e preocupante. O país precisa ser revisto, e a reforma administrativa deve ser ampla, realista e conectada com as necessidades do povo brasileiro.

Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica

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